sexta-feira, junho 03, 2011

Olá pessoal! Hoje vou falar sobre as fábulas,autores que a inventaram e contar algumas delas , umas mais longas que outras, mais maravilhosas! Boa leitura!


FÁBULAS
A fábula é uma narrativa figurada, na qual as personagens são geralmente animais que possuem características humanas. Pode ser escrita em prosa ou em verso e é sustentada sempre por uma lição de moral, constatada na conclusão da história. Desta maneira, podemos ver nossos atos humanos através dos animais

A fábula está presente em nosso meio há muito tempo e, desde então, é utilizada com fins educacionais. Muitos provérbios populares vieram da moral contida nesta narrativa alegórica,



É um gênero textual muito versátil, pois permite diversas situações e maneiras de se explorar um assunto. É interessante, principalmente para as crianças, pois permite que elas sejam instruídas dentro de preceitos morais sem que percebam.


ALGUMAS FÁBULAS:
A ÁGUIA E O ESCARAVELHO


Uma lebre corria a não mais poder em direção à sua toca, fugindo à perseguição da águia. E em sua desabalada carreira, passou pela casa do escaravelho. Não era propriamente uma casa de segurança, mas, na falta de algo melhor, resolveu a fugitiva homiziar-se lá mesmo. Já se precipitava a águia sobre a frágil guarida, quando o escaravelho, com intenção de salvar a agora sua protegida, postou-se lhe no caminho, dizendo: - Poderosa princesa dos ares, em presa fácil será para Vossa Majestade apoderar-se daquela infeliz, o que muita tristeza me dará. Tende compaixão e não façais este ato, que em nada dignificará vosso nome, visto ser tão insignificante o adversário. Mais disso, a lebre minha hóspede, e em nome de Júpiter vos solicito que observeis as leis da hospitalidade. Poupar-lhe a vida, eu vos imploro. Ela, além de ser minha vizinha, é também minha comadre. A gigantesca ave de Júpiter, como resposta, bate violentamente com a asa no escaravelho, derrubando-o na terra, para fazê-lo calar-se, e leva-se aos ares carregando em suas garras prisioneira a pequena lebre. O escaravelho, enfurecido com o tratamento recebido, voa até o ninho da águia e, aproveitando-se de momento em que ela se ausentara, rompe a frágil casca de seus ovos, que era toda a sua esperança de constituir família. E tal era a alegria do escaravelho, que em sua vingança não deixou um ovo sequer inteiro. Ao retomar ao ninho, a águia, vendo a desgraça que se abatera sobre ela, atroa os ares com seus gritos. Sentia-se impotente para castigar o responsável por aquilo, pois não sabia a quem imputar a culpa. E tal era a sua aflição. Somente os ares eram testemunha de sua agonia. E todo o ano durou a tristeza daquela que vira seus sonhos maternos frustrados. Após passado esse ano, precavendo-se de funestos acontecimentos, a ave constrói seu ninho em local mais elevado. Mas tudo inútil. O escaravelho o descobre e mais uma vez vaza todos os ovos. A morte da lebre estava vingada mais uma vez. O sofrimento da águia foi tamanho que durante seis meses não cessaram seus gritos. Mas apenas o eco respondia a eles. Não sabendo mais o que fazer, a ave recorre a Júpiter, que a aconselha a depositar seus ovos numa dobra do seu manto, crendo que em nenhum lugar estariam tão seguros quanto ali, pois ele mesmo, o rei dos deuses, os defenderia. "Assim" - pensava - "ninguém terá a ousadia de tentar roubá-los." E estava certa. Ninguém tentou semelhante façanha. Mas isto porque o inimigo mudara seus planos de ataque. Foi sorrateiramente pousar no manto divino, e Júpiter, sacudindo as vestes para dali expulsar o intruso, fez rolar os ovos. Ao tomar conhecimento do sucedido, a águia ameaçou o deus de abandonar sua corte, indo viver solitária no deserto, dizendo outras impertinências semelhantes. Não se dignou Júpiter responder-lhe. Limitou-se a intimar o escaravelho a comparecer ao tribunal, onde iria ser julgado. Este contou todo o caso, desde o início, e defendeu sua causa. Convencido de que a águia não tinha razão, o rei dos deuses tentou fazê-la reconciliar-se com o escaravelho. Mas debalde. Os inimigos não se viam com bons olhos. Então, para acomodar a situação, resolveu a divindade mudar a época em que a águia põe seus ovos, fazendo-a coincidir com a estação em que o escaravelho, resguardando-se dos rigores do inverno, enfia-se na terra, como a marmota.


A RAPOSA E O GALO




O galo cacarejava em cima de uma árvore. Vendo-o ali, a raposa tratou de bolar uma estratégia para que ele descesse e fosse o prato principal de seu almoço.
-Você já ficou sabendo da grande novidade, galo? – perguntou a raposa.
-Não. Que novidade é essa?
-Acaba de ser assinada uma proclamação de paz entre todos os bichos da terra, da água e do ar. De hoje em diante, ninguém persegue mais ninguém. No reino animal haverá apenas paz, harmonia e amor.
-Isso parece inacreditável! – comentou o galo.
-Vamos, desça da árvore que eu lhe darei mais detalhes sobre o assunto – disse a raposa.
O galo, que de bobo não tinha nada, desconfiou que tudo não passava de um estratagema da raposa. Então, fingiu estar vendo alguém se aproximando.
-Quem vem lá? Quem vem lá? – perguntou a raposa curiosa.
-Uma matilha de cães de caça – respondeu o galo.
-Bem...nesse caso é melhor eu me apressar – desculpou-se a raposa.
-O que é isso, raposa? Você está com medo? Se a tal proclamação está mesmo em vigor, não há nada a temer. Os cães de caça não vão atacá-la como costumava fazer.
-Talvez eles ainda não saibam da proclamação. Adeusinho!
E lá se foi a raposa, com toda a pressa, em busca de uma outra presa para o seu almoço.

Moral: é preciso ter cuidado com amizades repentinas.

A RAPOSA E AS UVAS





Uma Raposa, morta de fome, viu, ao passar diante de um pomar, penduradas nas ramas de uma viçosa videira, alguns cachos de exuberantes Uvas negras, e mais importante, maduras.
Não pensou duas vezes, e depois de certificar-se que o caminho estava livre de intrusos, resolveu colher seu alimento.
Ela então usou de todos os seus dotes, conhecimentos e artifícios para pegá-las, mas como estavam fora do seu alcance, acabou se cansando em vão, e nada conseguiu.
Desolada, cansada, faminta, frustrada com o insucesso de sua empreitada, suspirando, deu de ombros, e se deu por vencida.
Por fim deu meia volta e foi embora. Saiu consolando a si mesma, desapontada, dizendo:
"Na verdade, olhando com mais atenção, percebo agora que as Uvas estão todas estragadas, e não maduras como eu imaginei a princípio..."

Moral da História:Ao não reconhecer e aceitar as próprias limitações, o vaidoso abre assim o caminho para sua infelicidade. 


A CABRA E O ASNO


Uma cabra e um asno comiam ao mesmo tempo no estábulo. A cabra começou a invejar o asno porque acreditava que ele estava melhor alimentado, e lhe disse:
- Tua vida é um tormento inacabável. Finge um ataque e deixa-te cair num fosso para que te dêem umas férias.
Aceitou o asno o conselho, e deixando-se cair, machucou todo o corpo.
Vendo-o o amo, chamou o veterinário e lhe pediu um remédio para o pobre. Prescreveu o curandeiro que necessitava uma infusão com o pulmão de uma cabra, pois era muito eficiente para devolver o vigor. Para isso então degolaram a cabra e assim curaram o asno.

Moral da Estória:
Em todo plano de maldade, a vítima principal sempre é seu próprio criador.
TCHAU TCHAU!!!!!!!!

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